quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PORQUE TENHO FÉ EM TODO SER HUMANO, INCLUSIVE NOS ÍMPIOS!

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Há muito tempo, não me via em sintonia com a vida afetiva, um desequilíbrio cotidiano tomara conta do que eu mais gostava, o amor se ausentara por uns dias e isso foi o bastante para que não mais nos entendêssemos, mal conversávamos, cansados do dia a dia e da quase penosa missão de cuidar da casa, dos filhos, do trabalho, etc. Um belo dia, ou melhor, uma bela noite, dei a falar na cama, já tarde da noite sobre coisas banais com uma nova alegria que pudesse ao menos nos devolver, o ofício do diálogo. Naquele dia havia jogado a sorte na loteria e levantei a hipótese de ser o sorteado e indaguei o que poderíamos fazer com a bolada que receberia. No início houve resistência, mas logo nos vimos devaneando sobre um futuro, que talvez nunca chegasse, contudo, tivemos o nosso presente de volta, estávamos rindo das inúmeras possibilidades que ardem nessas horas, fomos dormir tarde, mas felizes como há muito não nos víamos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

30. AINDA CONTINUO AQUI, AONDE NUNCA ESTIVE...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

29. Estou prestes a ser demitido! Guardo as horas em silêncio e por mais que saibamos o desfecho, que estamos bem e que até queremos isso, nunca ficamos tranquilos. É um vazio que entristece a existência. Sabemos de tudo, temos tudo planejado, contudo, é um corte, uma morte, uma despedida. Sou avesso à mudanças, sempre fui assim, brota de meus músculos um medo de quem vai pular do avião. Herança de meus pais, medo do futuro, sempre lutei contra isso. E me acho mais forte por isso, ter medo, saber dele e encará-lo, enfrentá-lo assim mesmo. Eu quero assim. Não vou me rebaixar e deixar que pessoas ditem o meu passo seguinte. Já me fudi demais com isso. Sempre passivo, atendendo a todos e o que ganho? Críticas dessas mesmas pessoas, que me querem bem, e que por conta desse amor, pensam que sabem o que é melhor para mim! Urgghhh.... bem feito! Não tive personalidade o suficiente para seguir com minhas próprias pernas, até que lutei bastante contra isto tudo, a vida inteira, um peixe fora dágua, mas fui vencido e mudei a direção, para agora ouvir que não sou ou não fui forte o bastante e vacilei com o meu próprio destino. Agora vêm eles de novo! Não!!!!!!! Aquela velha máxima: "Eu luto tanto para ser eu mesmo e fica todo mundo querendo que eu seja igual a todo mundo!" Estou farto! Meus fracassos me fortaleceram, seguirei por mim mesmo, doa à quem doer, custe o que custar!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

28. Tenho trabalhado bastante na literatura, tenho escrito compulsivamente, meus blogs não me deixam mentir, tenho escrito até ao volante, a letra me possui. Uma vez escrevi que gosto mais de ser letra que pessoa! É uma verdade!
O ano está no fim, mais uma vez, final de campeonato tem nos dado alguma diversão nos fins de semana, fora a feira da praça XV, todos os sábados, e essa decepcionante eleição, onde o pobre candidato "vence-dor", usou de todas artimanhas sujas para levar a prefeitura, como se fosse uma jogatina, onde ganhar é tudo que interessa! Putz! Os amigos andam ausentes demais, cuidados com meu pai também me aflige, fora essa monotonia dos dias que não cessa nunca. Tanta coisa pra fazer e tão pouco tempo! Estou na eminência de perder o emprego, tudo bem, ganho uma miséria e já tá na hora de migrar, arrumar outro jeito de ganhar o sustento que não pode mais faltar, assim vamos envelhecendo...
Tive uma idéia secreta de acumular sub-empregos como forma de me socializar mais um pouco, numa espécie de laboratório para a minha escrita. Já fui feirante, vendedor de picolé, de jornais, de poesia, músico noturno, hoje sou motorista, e agora penso em ser garçom! Que tal?! Taxista, talvez seja bom também, para observar as pessoas! Todos reclamam, mas todo mundo está no lugar certo! Por minha parte, eu vou levando, porém atento mais do que parece. Nunca estive de bobeira na vida, mesmo em shows, teatros, cinemas, ruas, conversas, bebedeiras, sempre estive alerta, observando os pormenores, para transcrevê-los depois.
Muita gente gosta do que escrevo, no entanto, me criticam, quando aparentemente não estou fazendo nada, não entende que o ócio do artista é sagrado. Querem a obra, mas não se interessam pelo cimento! É uma guerra! É uma guerra, mermão!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sabia que algo estava por acontecer, minha querida tia Nicinha se foi, perda inconsolável. Minha mulher me acordou antes das seis e me deu a notícia de bate pronto, de um pulo, já acordei chorando esta mácula inrreparável. Putz! que vazio! o dia foi todo cinzento, dentro e fora dele mesmo, fomos ao hospital reconhecer o abominável fim de uma vida que só nos deu alegria, que nos criou, que nos amou como filhos, a todos sem distinção, e a memória acionava insistente a tecla "repete" das lembranças mais doces que passamos juntos, a família inteira sentiu o baque, a dor horrível que essa hora mais triste produz e impiedosa nos obriga e maltrata. Mais tarde foi o sepultamento. Não tive coragem de vê-la, preferi conservá-la na memória com vida mas mesmo assim, mais uma vez, inevitavelmente me veio os momentos de outrora, de seus presentes assíduos e infalíveis nas datas de aniversários de todos nós, de sua calma e sorrisos mansos, de seu amor incondicional, de sua sabedoria e de seus ensinamentos sem querer ensinar a ninguém, do modo como se sentava e deitava para ver televisão, de todo o seu carinho, de sua conversa, que agora é só saudade. Jamais a esqueceremos tia Eunice, você foi para nós um anjo bom, de verdade, que sempre nos cuidou e soube amar. Que a senhora esteja bem, com a luz e com os anjos. Hoje faz 10 dias e na sua missa de sétimo dia li um poema que havia escrito no dia de sua partida. Espero que tenha gostado. Repito-o aqui para ficar gravado todo o amor que sentimos por ti. Esteja em paz!

Nem Queiroz DE LUTO!
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TIA NICINHAUma oração divina!
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Essa chuva toda não era à toa
Ainda mais com aquele sonho terrível
Que tive
Algo não ía bem
A chuva contínua a cair forte
Como lágrimas que pingam a morte
Selava a sorte de outrem
Hoje, dia 2 de outubro de 2008
Tia Eunice nos deixou...
Deixou também um monte de coisas boas
Que com sua alma calma ela nos ensinou
O seu jeito bom
O seu sorriso claro
Calmo de se ver e de se ter
Ela foi sendo a nossa primavera
Que não acabava nunca
Que agora a gente contempla, lembra e guarda
Feito um anjo da guarda que agora ela é
E que vai nos guardar para sempre
E nos guiar de certo
Agora ainda mais de perto
Como sempre fez quieta discreta divina
Nos ensinando a vida !
Num horizonte de flores e de lembranças
Uma bandeira branca
Este mesmo amor!
O nosso porto seguro
Mais este golpe duro
Que a saudade nos fincou

Tia Eunice, como já lhe disse
Obrigado pelo seu amor!
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Quando saímos da igreja tive a sensação de ouvi-la chamar meu nome!
Não a de que quê, minha tia!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

ando meio desligado...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

No sábado acordei bem cedo e fui caminhar numa estrada perto da praia. Meu Deus, quanto tempo não me permitia isso. Das coisas mais simples da vida, apenas a respiração já me faz feliz e nem respirar estava mais! Alguns poucos quilômetros de ar fresco, junto aos pássaros e aos micos que passeavam à beira da trilha, lá embaixo, aquele marzão que há muito eu não via e pronto! estava restaurado de meus pesares de dias tão iguais e sonolentos. Depois desci, fui à praia, dei um ou dois mergulhos e logo senti meu corpo revigorado, o sol batizando tudo e a vida pulsando de volta. Mais dois mergulho e uma profunda sensação de sobrevida me resurgia dos poros, de todos os poros, e eu me sentia vivo de novo. Uma água de cocô para fechar a manhã e a saborosa constatação de que a vida vai estar lá, sempre, não nos esperando, mas às ordens da nossa disposição. A vida morre em nós, nunca nela. Ela sempre existirá, como um sopro eterno. A vida está lá, nós aqui! Encontrá-la será uma questão de opção. Levanta-te! Não custa nada, é só acordar e pé na tábua. Mas não, ficamos todos engordando na fila dos desesperados, esperando o quê? Envelhecer?! O ócio só é sagrado se ele for criativo, de resto é apenas podridão. A vida está aí para todo mundo desfrutar. Deixe o que fazer em casa, quando voltar faça talvez, ou não faça, dê um basta nessa morte que te assola todos os dias até te vencer, reaja, vá para vida, apenas viva, espreguice seus cansaços, agite, não fique aí pegando mofo. A gente sempre inventa uma desculpa para não sair e acaba não saindo nunca e apodrecemos em nós mesmos, e de quem é a culpa no final senão nossa mesma?! A vida está lá, aqui, dentro de você, não me venha com desculpas, você está ficando gordo, ah, não reparou?! Nem olhar sabe mais...
Acorde cedo agora e vá viver um pouco, você verá o quanto é bom e saudável lembrarmos que temos uma vida...ainda! Esqueça os compromissos de everdde, quando você voltar esteja certo que eles ainda estarão lá te esperando, então pra que a pressa, relaxa; nenhum patrão, nenhum compromisso, nenhum trabalho ou dinheiro vale a sua vida desperdiçada. Você precisa viver! Só isso! Respire... e vá em direção ao sol, sorria, cuidado com o stress, respire, preste atenção no seu corpo, relaxe a sua mente, desconecte-se...por um dia que seja!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

éramos nós

Quem eram aqueles que tinham todas as chances
Quem eram aqueles que podiam vencer
E que pensavam que iam sempre avante
Achando que nunca iriam se perder...

Quem eram aqueles tão belos e perfeitos
Quem eram aqueles que não iam morrer jamais
Que tinham tudo certo e lindos cresceriam até o infinito
Aqueles que iriam só crescer, crescer, crescer...

Éramos nós...éramos nós!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Postei no meu blog de crônicas, um acarta resposta a um famoso cineasta, como se trata de uma vivência, exponho aqui, na íntegra, o seu contexto. A realidade de hoje que o nosso cinema enfrenta e que nós também compartilhamos.

NA LATA DO LIXO - Cinema brasileiro, um novo conceito!
CARTA A CARLOS DIEGUESsobre matéria no Segundo Caderno do Globo de 28.08.08só hoje encontrada (na lata do lixo em 17.09.08)

Sr. Carlos Diegues, antes de mais nada posso dizer que o admiro e que portanto, já de prima peço desculpas por alguma inconveniência que possa estar causando. Apenas fala aqui um simples, um réles, mas um faminto espectador da sua arte. Eu também AMO cinema!Pois bem, Sr. Carlos, estava aqui pensando sobre seu manifesto e pensei que talvez tivesse, em alguma medida, resposta para sua indagação. E não é de hoje que penso e observo sobre esta questão.Há muito tempo que também reparo “as mortes” (das quais o Sr. se refere), do nosso querido cinema, e como exímio expectador e amante da sétima arte que sou, vivo me acostumando com essa paz incômoda que só um velório pode ter.Não é de hoje que percebo o mecanismo da entre-safra entre bons e maus filmes nacionais a que somos expostos, e o que consigo captar à respeito, é que toda vez quando começamos a engrenar, algo logo e sempre emperra e voltamos à estaca zero; quando começamos a conquistar público e crítica há uma reviravolta geral e vamos em queda livre a cair pelas tabelas. Até aqui, nada que qualquer um não saiba, e não é que eu saiba mais que os outros, muito pelo contrário, é apenas instinto voraz e aguçado pelo longo tempo de filmes que assisto desde criança (tenho hoje 41).O que noto por fim e de fato, é que diretores alternativos com seus filmes de baixa renda mas criativos no âmago, aparecem de quando em quando, com enredos e fotografias bem interessantes e que de quebra ainda nos ofertam a descoberta de novos atores e atrizes que são verdadeiras descobertas para nossas mentes e retinas já tão fatigadas com o velho, que penso o nosso cinema não é tão ruim assim.O que não foge a minha percepção é que toda vez que isto ocorre ( Um boom no cinema nacional), abrem-se as cortinas e os cofres de incentivos fiscais, através de leis, que à princípio deveriam fomentar ainda mais a cena, mas que infelizmente não conseguem o que a (boa) intenção pretendia. O tiro sai pela culatra e caímos outra vez em desgraça!É quando volta à cena, os velhos personagens de sempre, que até então, não sei porque se viam ausentes, os mesmos produtores e diretores e atores televisivos de sempre, alguns que se aventuram a dirigir até e diretores de TV que também se aventuram a atuar(estes mais que àqueles), deixando a telinha para encarar a telona com o maior entusiasmo, prática incentivada pela facilitação de patrocínios do qual suspeito que para estes parece ser mais fácil que para outros, porque toda vez que isso acontece, chove sobre nós todo tipo de produção, fervorosas parcerias cheias de emoções, só que baratas, comédias telesivas demais e de assuntos vazios, entretenimentos corriqueiros, que numa sessão da tarde seriam perfeitos. E os novos diretores e seus ótimos filmes voltam ao ostracismo e ao anonimato, perdido de nós, dando a vez novamente ao primeiro escalão da cultura sempre vigente nesse país. Ora, bolas, Sr. Diegues, de pouco importa termos centenas de produções super bem feitas e coisa e tal, a pleno vapor, se a qualidade dos textos e das estórias e até mesmo da direção não são mais as mesmas que acabamos de descobrir, se não há mais qualidade, se esta caiu. Nosso cinema sempre foi capenga, todos sabem, mas toda vez que começamos a dar uma guinada e a colher bons frutos, voltam os vampiros cheios de boas intenções, mas com pouquíssimas e novas idéias criativas para ficar se remoendo, se contorcendo (torcendo apenas para que seus filminhos dêem lucros) reclamando que o nosso cinema é vítima disso ou daquilo, dos preconceitos de sempre. Não, acho que definitivamente, não é nada disso. Apenas o público não é idiota. Por que haveremos de bater palmas para a seleção brasileira se esta anda mal das pernas? Só porque somos brasileiros?! É preciso que se saiba e que se grite, que com o que temos hoje não nos agrada. Só assim talvez, poderemos mudar alguma coisa. Será que será preciso dizer que é através do descontentamento das coisas que repensamos nossos hábitos, conceitos e valores?! Há filmes nacionais que são saborosos (principalmente os chamados alternativos e não os de circuitão) , mas há outros que nem de graça valem apenas serem vistos. Isto é uma realidade em qualquer canto do mundo, no nosso caso, infelizmente, parece que temos que conviver com uma gama maior de filmes ruins, só isso.Basta olharmos para as performances de alguns filmes nacionais que são vistos com gosto até pelo povão, bilheterias que deram certo dentro da nossa realidade, é claro.Acho também que não se trata de preconceitos, de ser filme nacional ou não; penso que antes de mais nada trata-se de sensibilidade e de bom gosto e talento também. Quando se reclama que o público brasileiro é injusto com o seu cinema, que não o prestigia, basta olhar o ibope da TV, o povo adora ver filmes e os assistem até tarde da noite, e com gosto, mesmo tendo de trabalhar no dia seguinte. Então das duas...as duas! Ou não há respeito para com ele, o público, para com o seu intelecto, para com sua inteligência e o seu bolso(e ainda faltou falar sobre esse pormenor), ou temos aqui uma grande inverdade. Mais uma vez repito, nós, o público, ADORAMOS CINEMA! Basta que se faça bons filmes!P.S. Cinema a 46 reais?! Putz! Onde eles pensam que estão?! Meu Deus do céu!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

22. "Na mão do palhaço!" Essa foi a primeira coisa que eu pensei, essa expressão pejorativa que tenta nos indica o quanto estamos à mercê do que quer que seja. Hoje pela manhã fui levar o filhote para o colégio e simplesmente tive que trazê-lo de volta para casa! Não haveria aulas naquele primeiro dia da semana, quando tudo o que mais queremos é não querer fazer nada, não sair de casa, deixar o dia passar, revigorar as forças com um bom dia de ostracismo e papo para o ar, mas infelizmente nada é assim, temos que nos desdobrar para cumprir com os nossos deveres e um deles é levar nossos filhos ao colégio, e lá estava eu, boquiaberto pela recepção nos conferida. Uma mulher de uniforme não deixou nem o moleque descer do carro, "pode voltar filho, hoje não teremos aulas", perguntei porque já aflito com todo o meu esforço dispensado, e pasmei com a justificativa. Havia sido baleado o chefe do tráfico de uma favela próxima e todo o comércio da redondeza estava, por ordem deles, dos traficantes, de portas fechadas. Ainda esbocei um grito de repúdio, "mas que absurdo", mas senti pelo o olhar da distinta mulher da escola, que a minha reação não era apropriada, tasquei o pé no acelerador e me mandei dali. Meu filho, está agora em casa, aprontando das suas, sem ter noção do que isto significa para ele e para a sociedade da qual já faz parte. A esta hora era para ele estar na escola, mas o Estado também não estava - não estava, não está, nem está nem aí - Estávamos sim, como dito no início, todos na mão do palhaço! NA MÃO DO PALHAÇO! Essa desnorteante sensação de impotência...

domingo, 7 de setembro de 2008

21. O domingo vem chegando ao fim, a segunda se aproxima, outra gama de esforços que se estenderão pela semana adentro já se configura em nós. Todos sabemos o que isso significa. Iremos para cama sem a ilusão de que o amanhã possa ser diferente. Por isso, tenha uma boa noite; por isso, bola pra frente!
20. Domingo feliz, aniversário do meu amor, dia ensolarado, o que significa dizer que a comilança foi farta, outro dia me assustei com a minha barriga, o que me fez voltar a fazer exercícios; me sinto bem por isso, a gente fica com mais disposição, sem dúvida, mas a barriga ainda está lá, firme, forte, crescendo, crescendo; os poucos abdominais que faço não serão páreos para ela, eu bem sei, mas já é um início. Só o fato de me dar mais disposição, já está valendo. Bola pra frente. Eu percebi que o segredo é você se entregar com gosto aos exercícios e não ficar pensando em seus resultados, sentir prazer e disso transformá-lo num hábito, que por si já bem saudável, da mesma forma assim, fiquei pensando, acontece com tudo que fazemos na vida, acho que o segredo é a entrega, a concentração, de fora para dentro e não de dentro pra fora, você olhando para dentro e esquecendo do exterior onde suas forças são sempre minadas, até mesmo por olhos sanguessugas, ou pelo seu próprio desejo, que eu chamo de fraqueza, de querer a aprovação alheia, mesmo antes de terminar o que você mal começou. Tudo isso desvirtua, desconcentra, enfraquece o objetivo. Esqueça os resultados, então. Existe um ditado que diz que "a vitória e a derrota aos Deuses pertencem, louvemos a luta!" É isso, a luta, o caminho, o destino, seus passos, a guerra, o ato, a transpiração, tudo isso se configura na maior aventura que se pode ter antes do final, pois o final é só o final, o fim de tudo, o descanso, significa que a experiência passou e independente do resultado de vitória ou fracasso, tudo passou a ser só um detalhe, e se você for esperto, saberá que mesmo na derrota você foi um vitorioso, só as pessoas de alma pequena não vão entender e consequentemente não aceitar. É o caminho que vale, pela simples constatação de que o caminho é a vida, o fim nada mais é, que a morte! O fim de tudo e começa outra jornada e dependendo do que você registrou, aprendeu e acumulou, será mais forte na nova empreitada. A vida é um infinito de recomeços, portanto não existe derrota, mas experiência, boa ou ruim, válida ou não, você é que determinará seus resultados. Ih...acho que falei demais. Fico por aqui!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

19. E as carretas vão se arrastando feito vermes e se amontoando aos poucos bem à nossa frente, impedindo o avanço do dia... da urgência que todo dia tem. As carretas vem e vão, num monótono contínuo progresso, retrocesso para todos nós!
São 8 horas da manhã e já vejo toda a minha calma sufocar com a poeira e com o gás carbônico que esses indesejados automóveis expelem. Bem perto de casa, impedidos de retornar, lá estamos nós, afoitos, loucos, insanos, querendo um ínfimo de passagem para que possamos prosseguir a viagem, chegar em casa, mas elas não vão deixar, estarão estacionadas de qualquer maneira pelas ruas, pelas esquinas, na porta das nossas casas, poluindo de todo modo as ruas do bairro onde moro. Estava a 200 metros de casa e levei o mesmo tempo para chegar de como se estivesse à dois quilomêtros! Elas param na curva, nas saídas das garagem, no meio da rua, e não se importam com o engarrafamento que provocam nem com o atraso que pode deixar o pai de família desempregado, não estão nem aí com a urgência de quem quer que seja, elas precisam descarregar, e isso é tudo o que importa, nós, moradores, é que esperemos o tempo que for necessário e o resto que se exploda!
Enquanto isso meu filho vai a pé para a escola, as autoridades fazem vista grossa para o problema e o pai desesperado ainda procura pelo corpo do filho assassinado...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

18. Fiquei abismado com a desenvoltura verbal/coloquial de uma menina de 13 anos de idade narrando os fatos de um assassinato cometido entre gangs. Ela vinha da escola, conversando com outra amiguinha, comentando sobre o assunto, como se falasse de um filme de ação, a tão estúpida e cruel realidade. Fazia seus comentários com uma envergadura de um adulto, com uma clareza sem igual, com uma natureza mórbida dos que não sabem no que se transformaram, numa normalidade assustadora. Como era natural para eles o fato ocorrido, julgava saber mais que as fofocas, imaginava como tinha acontecido, dava detalhes do número dos tiros disparados, o local do ocorrido e onde foi achado o corpo da vítima (um garoto, apenas), e não demonstrava emoção alguma ao comentar sobre a idade da vítima, que deveria ter no máximo 16 anos, dizia ela, emendando que agora o “bicho iria pegar”, porque o pai do rapaz era da pá virada (palavras dela) e que pertencia a uma facção criminosa ( O que não era verdade), dizia tudo com uma devoção, uma naturalidade e uma inocência invertida de quem chupava uma bala Juquinha. E ela era tão nova e tinha uma inocência bonita ainda nos olhos e no modo de dizer, mesmo que coisas tão estapafúrdias, das meninas que começam a desabrochar e já tão jovem apodrecer. Ela não é sozinha, tem família, estuda em colégio particular e não é dada a farras (eu a conheço de vista), mas como estava por dentro das coisas e como sabia falar sobre um assunto que normalmente era para assustar, causar medo, angústia, estranheza, mas não, além do prazer de se mostrar à altura da realidade e da maturidade que todo adolescente faz questão de demonstrar que tem, mesmo não tendo, de saber das coisas, ou pensar que sabe (natural da idade), havia um prazer além do descrito, existia também uma leve sensação de que tanto ela, quanto suas amiguinhas, pareciam carregar em seus semblantes, uma estranha atração pela violência.Parece que questões como esta lhes proporcionam alguma credibilidade para com a sociedade, para com os outros. É o que costumo chamar: -"O mecanismo do mal!". Não sabem as nossas crianças, que a sua inocência perdida poderia ser a chave para uma antiga questão, mas o problema não é mais a chave nem a fechadura, mas a dura realidade de se constatar que as nossas crianças crescem para um lado errado, e o que é pior, parecem que gostam. O que elas não gostam é de ser o que são: Nossas eternas, adoráveis e inocentes crianças! Criança? Eu?!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

17. Dia manso, sem vento, sem espanto, um solzinho tímido e a segunda que é sempre a mesma dissonância! Mas pelo menos estamos todos em paz, muito embora eu ande muito procupado com papai, que está com o coração nos pregando sustos, e ele teimoso como o quê, se recusa a fazer certos procedimentos médicos, que aparentemente não são assim tão necessários, visto o que, ele se sente muito bem. Mas papai, se o médico disse, temos que aceitar, eu sei que é chato isso tudo, eu também não gosto, mas com a saúde não se brinca, eu sei que o senhor é forte, medonho e que se aponsentar de vez, para o senhor seria o fim, mas nada custa diminuir o rítmo e curtir um pouco mais da vida, agora de forma mais light, coisa que o senhor detesta, contudo, há de se prestar um pouco mais de atenção na sua idade, afinal de contas, depois de tudo, o senhor ainda é um humano, e chega uma hora que o corpo cansa, portanto seja razoável papai, dê um descanso para si mesmo, que o senhor merece! Veja só quanta audácia o senhor tem, ainda por cima arrumou um novo emprego, tudo bem que nós sabemos que será até saudável para o senhor, visto que o senhor não consegue ficar parado por muito tempo e que o trabalho é leve, mas papai, não facilite tanto, não é desonra nenhuma descansar um pouco. Vai ser feliz, brincar de viver, passear com sua neta, assistir a uma bela partida de futebol, andar na praia, jogar dominó na praça como se nada tivesse importância, não custa nada, ao contrário, só fortalece a cabeça, a mente, e até o corpo, uma caminhada por dia e tudo se renova, até o coração. Tente desoxigenar as preocupações das quais o senhor nunca conseguiu deixar de lado, apenas relaxe, o senhor não consegue, não é papai, tudo bem, mas pelo menos não seja tão teimoso assim, ouça o que a vida lhe pede, não lute contra ela, apenas atente e entenda, a sua força é primordial para todos nós! Força Sempre, papai! Te amamos Queiroz!

domingo, 31 de agosto de 2008

16. Domingo de chuva, acordei quase ao meio dia, por isso no minuto seguinte já eram três da tarde! Esses dias tive algumas idéias, mas se não esrevo, as perco categoricamente para nunca mais, agora tento busca com muito esforço a memória dessas idéias perdidas, mas bem sei que será em vão. Neste momento sinto fome, visto que ainda não almocei, as crianças se preparam para ir a uma festa de aniversário que eu dispensei, com um frio desse, só sendo criança mesmo, que nunca perde a magia do novo, e sua alegria é uma extensão infinita. Que bom para eles. Ainda persisto no resgaste das idéias, mas cadê?! Deve ser a fome, é isso, vou me alimentar de comida, talvez me fortaleça a mente. Servido?! Até mais, então.

sábado, 23 de agosto de 2008

15. Clarice Lispetctor no CCBB!
A vida acorda espreguiçada dela, nesta hora doce em que a chuva cai. Gente, vocês precisam visitar a exposição sobre Clarice Lispector, na minha humilde opinião, simplesmente a maior escritora de todos os tempos, a exposição segue até 28 de setembro no CCBB e é apenas imperdível. Estive por lá de passagem, por apenas alguns deliciosos minutos e valeu pelo dia inteiro, a literatura desta mulher genial é um soco no estômago da mesmice do mundo, ela consegue com palavras o que um cirurgião não faz com um bisturi. Para quem conhece, sabe do que falo, para quem não conhece, é urgente que se conheça; livros como "A descoberta do mundo", "Perto do coração selvagem" e o inigualável "A Paixão segundo G.H." são algumas das valiosas pérolas dessa mulher sem igual que entre outros, estão todos lá para a preciação e constatação do que digo, numa sala, todos dependurados feito morcegos, prontos para serem lidos, sugados, degustados, ingeridos. Paredes psicodélicas feitas de luzes e frases nos levam por um caminho de sonhos a outras salas do inconsciente da escritora; numa delas um telão enorme, com um sofá e uma máquina de escrever em seu braço (do sofá) e ela lá falando por horas a fio sobre sua época, sobre seus delírios, sobre a vida. numa outra sala, um paredão de gavetas, onde abrimos aleatoriamente algumas e nos deparamos com documentos da artista, fotos, escritos, correpondêcias, etc, e pra fechar mais uma sala com uma barata enorme se mechendo de barriga para cima, num agonizante desespero, mas calma a barata está no vídeo, fazendo alusão a um trecho do livro 'A paixão segundo G.H."...Pelo que percebo não é só opinião minha de que este é o mais alucinante de seus trabalhos. Realmente imperdível !
Estive lá e ainda estou...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

14. Preciso sair daqui, correr ao infinito de antes, esta pedra dura que não racha contra o sol. Preciso pescar, viajar, desoxigenar, preciso me reencontrar, urgente e já e para sempre, respirar antigos ares. Eu bem sei o quanto existe de vida nesta outra dimensão que a gente esquece quando se deixa render por uma vida regrada demais, sofrida demais, suada à bicas, que nos consome feito carvão queimando em torrões, compromissos sem importância para a vida, que é o que de fato interessa, que nos envelhece uma semana a cada dia, Esqueçam tudo, relaxem morimbundos sem ser, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos. Chuta o balde, mermão!se esbaldem, meus filhos, rejuvenesçam contra essa (re)pressão dos prazeres, que não nos deixam ir à praia, que não nos deixa sorrir nem partir, que não nos em paz, coragem meu amor, coragem! Eu mesmo, o quanto preciso dessa coragem, sinto-me um covarde em progresso/retrocesso, um homem em profusão, mas ninguém sabe ou quer saber. Quer saber?! isso não depende de você e o foda-se imbutido, são os espíritos lamentando no que estamos nos transformando, tudo é perigoso, mas também divino e maravilhoso e ainda catarolo a canção que o mundo acha chata, o chato em que ele se transformou, e então, compactuarás com isto?! Logo você que era um guerreiro!
Eu preciso respirar, porque eu já estou pirando com tanta normalidade ao redor, nada muda, todos os dias são iguais e eu mais ainda. preciso ir pescar, ir ao cinema, sem pensar em nada, preciso não precisar pensar em algo, quero ver o mar, quero respirar a bruma, andar a pé pela areia, sem pensar em nada. Quem consegue não pensar em nada?! Somos todos escravos das horas. Ha, ha, ha...esravos! Escravos! Preciso quebrar as algemas que me predem ao escândalo que é ser um covarde, um covarde silencioso e hipócrita que transforma nossas dores em repouso delirante de uma felicidade constante, mas benzinho, não existe felicidade constante. Acorda!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

13. Ontem uma coisa no final da tarde me marcou. Pela manhã estive na casa da minha irmã atrás de uma laranjinha. Não sei porque mas estava com uma tremenda vontade de um suquinho de laranja, ela não tinha, Tudo bem, esquece. O dia passou; à noitezinha ela veio aqui em casa com um saco de laranja me perguntando se eu ainda estava a fim. Não foi lindo?! Me emocionei com a fraternidade dessa pessoa que me acompanha a mais de trinta anos, (para não dedurar a idade); minha mana querida, coração bom e amizade sincera, pessoa de valor, mãe dedicada e amiga solidária, um aesposa exemplar. Comento isto aqui porque sei da importância de gesto como este nos dia de hoje, em que irmãos não se entendem e pais e filhos se estranham. Enfim, um pequeno momento que vale à pena acreditar na boa vontade entre os homens, na magnânima utilidade do pensamento altruísta. Obrigado mana, sua ação foi mais doce que as laranjas, que aliás ainda nem provei, mas tenho certeza estão maravilhosa, pois o que você plantou estará imune ao tempo, forte no pensamento e salvo no coração. As laranjas me dariam vitaminas contra um suposto resfriado, mas você me deu mais que isso, a certeza de que a família é o sustento maior que um homem pode ter neste mundo sujo de germes e homens maus, mais ainda, a prova e a lembrança oportuna de que o Amor é de fato a base de toda e qualquer relação. Naquelas laranjas residem mais que vitaminas, reside a alegria e a força de uma vida inteira!
Com este gesto redescobri: Somos nós quem fazemos o nosso dia!
Logo eu, que tenho andado tão irritado.

domingo, 17 de agosto de 2008

12. VOCÊ TEM O OURO! >>>> Os verdadeiros artistas, mesmo que sem “valor” aparente, exposição na mídia, etc, são pirilampos, focos, flashes de luz e ouro, que nos diz e mostra que há outros caminhos a serem descobertos e seguidos, que a luz existe, muito embora, muito deles, não percebam também o rastro da sua missão e apenas atuem no que inexplicavelmente acreditam simplesmente, eles são como instrumentos do bem à serviço da humanidade, que têm a poesia como essência, por isso não desistem nunca.
Algumas luzes perdem suas forças pelo meio do caminho e até acabam se apagando, por isso entristecem como seres humanos e morrem obesos, gordos e mais rápido que o normal; ficam frustrados, viram flores murchas no centro da sala vazia da vida.
Os verdadeiros artistas são pessoas incomuns e imune à sociedade a que pertencem e vivem, mas que contudo ainda se preocupam com ela e com seus seres tão carentes de luz e sensibilidade.
O sorriso do artista, mesmo que ainda em construção, é diferente, sua visão de mundo é diferente, seu amor é diferente, sua força é frágil, porém, tão poderosa que a transforma em música, que se alimenta de seus próprios esforços e até de seus próprios fracassos, fazendo deles um trampolim para o inusitado mundo seu; e o sucesso é algo tão triunfal quanto trivial, por isso sua alegria é espontânea e verdadeira, autêntica e pueril, e por fim, contagiante, seu carisma é a sua existência e uma praxe da alma.
O verdadeiro artista é o homem feito de sonhos, invencível no seu caminhar, imbatível em sua crença. Ele é a criança que não pensa, ele apenas é. Ele é um portal de boas novas nesta vida tão conturbada e perturbadora, o nirvana da vida humana, a energia sagrada, a sinergia e o estímulo, na propulsão de nossas dores, sofrimentos e desalentos. Ele é a palavra e o mensageiro de Deus no jardim sem primavera, ele é a primavera e o verão. Portanto, quando se depararem com um artista de verdade, por mais insignificante e obscuro que aos seus olhos ele possa parecer, muito respeito para com ele, por favor, pois são entidades sagradas, de luz, no seu caminho.
A sua Arte é muitas vezes incompreendida e indiscriminada, mas isto não é um problema dele!

Reparem como brilham no palco!

Estão dizendo: Basta de sofrimento!
Você tem o ouro!
Você também é luz!
11. Uffa, a semana não foi fácil, mas disso eu já sabia, é que eu estou pregado, com o sono atrasado, a alimentação descontrolada, acho que estou comendo demais. Esta semana começamos uma nova etapa com a minha banda, a Real Sociedade, um difícil recomeço, estávamos a quase meio ano sem tocar, depois de meio ano tocando direto; incrível como tudo cria limo quando se perde a força, e é sempre um sacrifício dobrado se você não tem recursos ou incentivos, mas quem precisa de incentivos, se você quer, você tem que lutar sozinho, fechar os olhos, tapar os ouvidos, cerrar os dentes e ir em frente. Não há como ser de outra forma, infelizmente. Todos os sonhos são sublimes, mas como são difíceis, quase impossíveis, você tropeça e as suas chances são mínimas, você levanta e a força já não é a mesma, você insiste e vira chacota, você persiste, mostra determinação, mas ainda assim não é suficiente, mas você é guerreiro e um tiro só não vai te derrubar, só que já são vários e você já se destroça; observa o teu cansaço, veja os seus sapatos, ouça a sua respiração, o seu fôlego, o seu reflexo, olha no espelho, mas não se deixe levar, olha pra dentro antes e sempre, onde nada disso consegue te atingir ou modificar.
Acho que morrer tentando não é especificamente uma frustração ou um fracasso, antes de tudo é uma vitória de jamais desistir de sua própria vida.
A vítória e a derrota, aos Deuses pertecem. Louvemos a luta!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

10. Ontem dei uma de iluminador no show dos Habitantes, cheguei cedo ao local e fui um dos últimos a sair, faço parte de uma tribo que luta por um lugar ao sol, junto de pessoas sensíveis, comprometida com a vida e que acreditam no belo, no amor real, no surreal; sim, porque nos dias de hoje, quem ainda consegue estar imune a toda essa poluição, é de fato um semi-deus, por isso o amor não morre, eu acho que os artristas têm essa função, essa missão e esse poder; não é raro ouvi-los dizer que não sabem por que insistem tanto em algo que não lhes dão lucro algum, é porque está na alma, é sincero, é honesto, e esta força além de excepicional e magnânima, é também especial, por isso são seres divinos, sensíveis e protegidos do mundo. E foi assim que os vi, ali, recomençando a jornada de toda a vida, acreditando nas palavras e no canto, na música e na poesia, se dedicando ao abstrato, lapidando a essência de cada um e de todos em prol de um mundo melhor, nos incitando a pensar melhor, a viver melhor, buscando, sempre buscando o espiritual, a transcendência e a luz. Eles lá, dando o melhor de si, em uma ínfima aparição no palco, para amigos antigos e para novos amigos, sem distinção, mas fortes e pueris, mágicos na criação e na ingenuidade, lindos como ninguém! Eu por minha vez, tendo o privilégio de acompanhá-los tão de perto e ainda iluminá-los no seu momento mais fecundo e sagrado. Homens de bem, meninos divinos, existia ali uma benção da qual poucos notavam ou se davam conta, pequenos momentos de uma glória passageira e eterna na luta sagrada de pessoas especiais, habitantes do mais fecundo e indescretível instante de prazer e fúria! pois não é fácil, gente, lutar sem armas, amar sem medo, acreditar na essência do ser, quando tudo nos faz crer que tudo é em vão. Por isso, me sinto mesmo um privilegiado de habitar, tão singular e mágicas amizades! Eles ali, quase insignificantes para o mundo, mas tão corajosos que chegão a ser perfeitos! Sem se importar muito com o futuro promissor, mas firmes no seu presente, seguem em frente com graça e louvor, abençoados, os verdadeiros cordeiros de Deus.
Será mesmo que Dylan estava certo, quando disse que ser insignificante é que é ser sagrado!? Fecho com ele!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

9. Segunda feira novamente, parece que a vida é uma inesgotável corrida em círculo, ligo a tv e de repente as grandes notícias de guerra e acontecimentos atrozes em todas as metrópoles, que até ontem movimentavam o pomposo palco da mídia, não são tão mais vistosas assimquanto antes eram, parece que o mundo refreiou o horror que está o planeta. Mais uma guerra se inicia e as chamadas não duram mais que 15 segundos, em outros tempos durariam o dia inteiro com a eminência de uma nova guerra mundial, a Russia poder ser retaliada pelos EUA por conta da invasão a um terceiro país, seria de uma total tensão e ameaça a paz mundial, no entanto, a notícia é sublimada, apenas uma passagem rápida pelos novos acontecimentos, que agora , por pior que sejam, parecem superficiais demais para serem manchetes. Em São Paulo um motorista sem habilitação atropelou uma criança de 12 anos e a matou, com a nova lei de trânsito, isso seria assunto exaustivo, como vinha sendo, mas que nada, não é mais. A televisão agora stá imersa a novos acontecimentos geniais de lucros garantidos, um investimento alto no próprio interesse da emissora que até então parecia de fato preocupada com as notícias que realmente interessavam, mas que nada, digo de novo, agora os flashes são ao inverso, pois a única coisa que importa no momento são quantas medalhas nossos atletas podem trazer para o Brasil! Qual a importância que tem uma nova guerra mediante a atuação fantástica de nossos atletas, numa olimpíada que incoberta atrocidades dentro do seu próprio país?! Alguém se perguntou porque de uma hora para outra, os monges do Tibet não são mais noticiados na tv?! Porque nada pode parar o espetáculo, minha gente! E é assim sempre...reparem na época de Copa do mundo, parece que o mundo fica perfeito, não existem mais, da noite para o dia, os horrores que todo santo dia invadiam nossas casas e nossas mentes através da tv, tudo fica numa paz ensurdecedora, numa tranquilidade ímpar, tudo o que importa são os grandes lances na área adversária, um gol vale muito mais que qualquer realidade e a importância que dão a isto é tão monumental que não há quem não se comova! Então prestem atenção, será que tudo é pra tanto assim?! Eu digo para eles, não para nós, que iremos sofrer de qualquer jeito com tudo; será que as informações que nos vendem, porque não pense que é de graça, (eles não jogam para perder), são de fato verdadeiras, no sentido da manipulação e da importância que eles nos passam?! Portanto, meus nobres, quando eles mudarem a direção a seu bel prazer, pelo menos lembrem-se de que o leme é seu, de que a tua consciência dos fatos e do mundo não se limita a eles, e que temos nossas próprias opiniões e nossas próprias vidas. A vida esportiva de um país é também interessante, mas não tão mais importante quanto o nosso próprio futuro.

domingo, 10 de agosto de 2008

8. ainda bem que gosto de músicas como o jazz, por exemplo...estou ouvindo agora um cd que consegui no sebo por uma quantia irrisória, ando por aí prestando atenção em sebos e eventos gratuitos, podemos sim ainda, ter algum acesso à cultura ou coisas de bom gosto, o problema é que tem muita gente que só avalia as coisas em relação ao luxo e muitas vezes este não é o melhor medidor nem mediador de valor do que é realmente bom, mas enfim, não era disso que pretendia falar, apenas queria dizer que de repente olhei para a sala e vi minha mulher passando suas roupas para o trabalho de amanhã, com uma touca na cabeça, de óculos e um roupão de dormir, a tábua de passar e o ferro à vapor, chiando feito chaleira e mais a música de Stan Getz e o silêncio de uma paz encantadora, me fez correr para o computador para escrever que este momento traduz bem a minha felicidade. Não dizemos "eu te amo" algum, ela não me olhou, nem sorrimos um para o outro, apenas estávamos ali, nós dois e mais ninguém, ela cuidando de seus afazeres e eu curtindo o meu som, sem charutos ou vinhos, sem meia luz ou clima que o valha, apenas ali, eu e ela tranquilos na monotonia de um domingo de chuva, sem mais ninguém por perto, co-existindo na permanência da existência de nós, sem alarde, sem cumplicidade até, mas com uma grande e imensurável descrição dos que amam sem exageros...
7. Domingo, noite chegando, dias dos pais indo embora, frio lá fora, ruas vazias, lençois e cobertores de prontidão, daqui a pouco será segunda e tudo volta de onde parou. Vem chegando as eleições para prefeituras, antes delas já chegam os candidatos de última hora, apertos de mãos evasivos, hipocrisia de toda ordem, e o assustador é que agora são dos dois lados, eles fingem que têm boas intenções e os eleitores, principalmente os de baixa renda, fingem que acreditam, estão claramente interessados no que podem receber só por dizer que irão votar neste ou naquele candidato, que também claramente sabem como tudo funciona, então quem der mais, talvez leve o voto do infeliz como ele. E assim vamos todos progredindo para o outro dia sem perspectiva nenhuma nem esperança deveras, de certo, só o mesmo sofrimento que não cessa nunca, seja por omissão ou pura e eletrizante ignorância ou até mesmo por descaso, ninguém mais acredita nem sofre por isto e asim o mecanismo das coisas nos degluta sem sal ou açucar, tudo na mais banal e insossa banalidade. O futebol ganhou uma poderossíssima aliada que é a mídia e o povão um grande inimigo, nossas tardes de domingo se resume a isto tão somente, aos emocionantes lances do campeonato de futebol e a trama da novela das oitos, mas até aqui nada demais, pois isso já vem de longo tempo, o que mudou foi apenas o domínio total, que antes parcial, da mesmice sobre toda nossa juventude e população, mas como diz o filme, estamos todos bem! É assombroso o modo como lidamos com tudo isto, sabemos que não há nada de novo que possa melhorar a vida do país, já não acreditamos em mais nada, não temos sequer novos ídolos, que antes nos apontava alguma direção, e no entanto, permanecemos feito idiotas, lutando por si só como um cão sem dono correndo atrás do próprio rabo; esta consciência, que deveria surtir um efeito salvador, ao contrário, nos deixam dormentes, fazendo-nos crer que a única saída é cada um cuidar de si, e da pior forma, a egoísta! Veja bem, meu time ganhou o último jogo, eu ganho uma miséria, e sinto alguma espécie de alívio dentro de mim, como se nada tivesse mesmo tanta importância assim, ou bem ou mal eu tenho meu empreguinho, e se eu fosse um pouco mais ambicioso estaria eu, mais uma vez da pior forma, não notando nada a meu redor...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais uma vez perdi o texto, é como se perdesse o trem da pequena estória. Putz de novo! Era um texto que eu reclamava do trânsito, do meu salário, do stress, mas que dava um chute em tudo, quando, no automóvel que dirijo e que não é meu, mas da firma para qual trabalho, conseguia eu me safar um pouco, ouvindo canções de Caetano e The Smiths, mas agora já era! Tudo se perdeu e para escrever de novo eu não consigo, bah!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

5. lá fora faz um sol de rachar, e olha que estamos no inverno; aqui, ventilador de teto, um tédio ventilado de fazer inveja a um bicho preguiça e toda essa pança pós almoço pra descansar, mas aos poucos desconfio que ela, a pança, vem se acomodando, de modo que já começa a incomodar. Já tentei retomar aos treinamentos, exercício físico mesmo, mas nem flexão consigo mais fazer, dá uma preguiiiça, até já fiz um dia ou outro, mas o dia seguinte destrói a sequencia, sou favas contadas, não preciso mais disso (e como preciso!), tenho minha mulher, minha família, outras e tantas outras preocupações, a gente quer logo e tão somente é descansar, eu sei que se cuidar é bom, mas estar de bem consigo mesmo, em paz e sem esforço é melhor ainda, muito embora eu goste(ou gostava) de me exercitar, mas nem futebol eu jogo mais, acordar cedo pra jogar bola é agora contra a minha lei intelecta, prefiro me espreguiçar, coçar a bunda, me esparramar no sofá e assistir a um dos mais de 15 filmes que tenho e que ainda não assisti, fora os outros mais de 200 que tenho na estante já vistos mas que merecem uma revisitada de vez em quando. Sou fanático por cinema e literatura, livros aqui em casa é o que não falta, os clássicos e os nacionais são os de minha predileção, muito embora eu passe a maior parte do meu tempo escrevendo; eu não sou daqueles que lê, lê, lê e não produz, apenas lê, nem muito menos daqueles que só larga o livro quando este termina, não, eu gosto mesmo é de flertar com eles, sentir o seu peso naquele e para aquele dado momento, sem pressa nem saque, sem afobação, se me cansar, pulo para outro, ou então para que tanto livro?! Já cheguei ao cúmulo de estar lendo mais de dez livros de uma vez, não terminei todos, mas um dia quem sabe?! Outra coisa que acontece comigo, eu que tenho a memória de um elefante, é de jamais esquecer o que li, se eu pegar um livro que deixei de ler há meses e começar exatamente de onde parei, eu recordo tin-tin por tin-tin da estória que eu já tinha lido há tempos, isso eu acho legal em mim, por isso fico à vontade com eles que quanto mais os encontro mais eu compro e acumulo, eu sei que um belo dia, distante ou não, eles irão me ser de garnde serventia, nem que seja para emprestá-lo, doá-lo ou seja lá o que for. Um livro nunca é demais! Tem até uma frase da qual eu sou muito fã, que diz "Os livros não mudam o mundo, eu sei; Os livros mudam os homens; Os homens mudam o mundo!" . É isso...se for!
4. meu estômago está queimando, acho que ando comendo muita bobagem. Dia13 tem redenção total, os Habitantes (banda de rock de uns amigos meus e que eu adoro), irão tocar no teatro Ziembinski e me convidaram para dar uma força na produção, já fizemos muitas coisas juntos, eles confiam em mim, mais do que eu mesmo, he, he, he, mas vamos lá, vamos arrebentar, nada como um bom show de rock para lavar a alma, ainda mais a minha ainda grudenta daquela noite fatídica urggg, "prefiro não comentar!". Ontem me encontrei com o Jeff, batera da banda e mais tarde com o Léo, guitarrista, tomamos umas e outras ali no arco-íris, bar, ex-pé sujo da Lapa, ponto de encontro de todos os jovens que resolvem se encontar por lá, para nossa sorte, estava vazio, também pudera, era ainda uma tarde de segunda, não era possível que estivesse mesmo cheio como nos finais de semana, Deus me livre; mas mesmo assim havia pessoas bonitas, meninas descoladas, é aprazível e muito prazeroso estar ali. Conversamos sobre o show e de como nos encontraríamos no dia, já estamos ansiosos por ele. Vai dar tudo certo, espero. Às 8 me mandei, passei numa padaria e comprei um pão doce para a minha doce esposa. Preciso dormir, amanhã acordo as 4 da madruga! fui!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008


Segunda-feia, minha barba por fazer e já estou cá puto, acabei de perder um texto inteiro, essa merda de computador é muito bom para umas coisas, mas terríveis para outras, desta forma assim, ficamos sem o primeiro texto que inauguraria este novo espaço, mas foda-se quem estaria verdadeiramente interessado?!

Eu nunca consigo reescrever um texto, se o perdi, perdi, para nunca mais, parece uma catarse absoluta e única, uma viagem sem igual, nunca mais saberei o que escrevi, já foi, passou, outra dimensão. De toda forma, restam fragmentos, vou tentar colá-los então, recupera-los de alguma forma, mas sei que será inútil, contudo vou me esforçar, mas não por essa hora, estou cansado, escrever tira minhas forças apesar de me engrandecer, é como um pico, que não engrandece ninguém, mas o sujeito fica ali, parado, estático, viajando por outros mundos e depois morre e até ressuscitar, há de haver um tempo. Estou assim, um tempo de recuperação...depois eu volto! Putz, meu texto!
3. Dia cinzento, segunda feia, ostracismo total, olho para a estante e num instante imagino-me numa conversa com Charles (Bukowski), dias difíceis baby, imagino um charuto que trago como ele, não tenho tido muitos amigos para conversas literárias, a vida é um redemoinho que nos engole, meu amigo Casé, um vizinho tranquilo e quase zen é que atura melhor os meus delírios, sou capenga pra essa coisa de adaptar-se a tempos modernos, tanta falta de tato entre os seres, essa ganância que nos destampa da bondade, que estou ficando louco. O cachorro do vizinho late sem parar, as horas se derramam pelo dia, feito erva daninha num processo acelerado, se proliferam, logo, logo, a tarde chega, a noite invadirá taciturna a vida de todos, logo televisão, jantares, sala e cama, no pior sentido, é claro.
Neste sábado me pus ao cumprimento do dever, do bom marido, acompanhei a filhota, na verdade minha enteada, a um show de...arghh, pagode! num clube aqui perto, tínhamos que ir, pois se não fôssemos, e prometemos, eu não, a mãe dela, talvez ela não entrasse por conta de sua pouca idade, pois bem, foi a madrugada mais terrível de minha vida, eu e a mãe dela lá, feito dois avós, de lado, tudo bem que acompanhado de uma cervejinha, mas putz, nem assim, sai daí minha filhinha, ouvimos funk a noite inteira e da pior espécie também para tão somente, às 3 e maia da manhã o grupo de pagode entrar no palco e dar o seu showzinho, notei que a juventude estava lá meio perdidona, queria mais era sarrar, e minha filhinha lá no meio dos tubarões, coisas da idade, fazer o quê? saimos de lá às cinco, acordamos quase a 1 da tarde, aquele ritual, levanta, escova os dentes, liga a televisão e mais mesmice na cabeça das crianças, programas fúteis, com mais música ruim e sem nenhum conteúdo, entretenimento alienado, e ela com suas amiguinhas lá, vendo e comentando aquilo, para mim já é demais, voltei pra cama e resolvi dormir o resto do dia, com sorte ao menos eu talvez não viva outro pesadelo...talvez!

"ACHO QUE SER INSIGNIFICANTE É QUE É SAGRADO!"

Está frase (título/blog) foi retirada do filme "Não estou Lá", uma biografia de Bob Dylan, ou seja, está frase foi dita pelo próprio em suas viagens alucinógena de realidade e loucura que todo artista tem! achei muito pertinente e audaciosa a frase, que acabou me estimulando a criar este novo blog, que será uma espécie de diário. Aqui escreverei como num caderno, coisas do meu dia a dia, portanto, não haverá textos soltos nem títulos diversos, apenas uma constante, como se eu não parasse de escrever nunca! contarei sobre mim, sobre a minha ótica e assuntos do cotidiano, enfim, um diário, onde minhas impressões sobre a realidade ficaram registrada para o desfrute e
apreciação de quem interessar possa. Portanto, boa viagem, ou seja, boa leitura. NEM QUEIROZ em 4/08/2008 ÁS 10:14