quarta-feira, 21 de julho de 2010

Na verdade fui de vez e de propósito, bem em cima da minha data de aniversário, 23 de março de 2010, para não esquecer, para ficar marcado, para comemorar, e assim o fiz. Fiz uma festa, para deixar bem claro que ainda eu era a coisa mais importante para mim mesmo; meus melhores amigos apareceram, menos ela, obviamente, e grato fui ao destino, ao acaso, a Deus, ou o que quer quer que seja, o fato é que os amigos chegaram e acalentaram com uma alegria valente o silêncio que tinha a alcova da solidão, meu coração enfraquecido, muito embora que astuto, perdido dentro da nova realidade factual. Ela não estava mais ali.


Hoje, quatro meses se passaram. Depois de alguns dias, ou semanas, não lembro mais, tornamo-nos ótimos amigos e amantes, parecíamos mais felizes, tudo continuava quase igual, ela me chamava e eu a atendia, ela necessitava, e lá estava eu, feito um cão fiel. Apenas não morava mais com ela, que parecia feliz e grata por isso, independência sempre foi algo que a instigava e como sempre fui um bom menino e obediente, como ela queria e deseja, me afastei, dela e de seus filhos. Mas todo bonzinho é meio chato e uma segunda separação, dentro da mesma separação nos fez nefasto de vez. Desta vez não suportei certas palavras que já haviam sido ditas mas que eu não as absorvia da forma que devia ou deveria. Desta vez, mais forte e consistente, entendi de uma vez por todas a sua (não) admiração por mim. Eu não era o homem dos seus sonhos e o pior foi ouvi-la dizer por e-mail que ela torcia para que encontrasse alguém que tivesse os mesmos sonhos que eu, que definitivamente esta pessoa não era ela.
Tudo se apagou e numa resposta concisa e desastrosamente direta, dei a mão à palmatória. -"Entendi!" Dessa vez sim...mas sinto informá-la que este projeto de fracasso como você ensinuou, sou eu! Sim, este sou eu! Adeus!