domingo, 31 de agosto de 2008

16. Domingo de chuva, acordei quase ao meio dia, por isso no minuto seguinte já eram três da tarde! Esses dias tive algumas idéias, mas se não esrevo, as perco categoricamente para nunca mais, agora tento busca com muito esforço a memória dessas idéias perdidas, mas bem sei que será em vão. Neste momento sinto fome, visto que ainda não almocei, as crianças se preparam para ir a uma festa de aniversário que eu dispensei, com um frio desse, só sendo criança mesmo, que nunca perde a magia do novo, e sua alegria é uma extensão infinita. Que bom para eles. Ainda persisto no resgaste das idéias, mas cadê?! Deve ser a fome, é isso, vou me alimentar de comida, talvez me fortaleça a mente. Servido?! Até mais, então.

sábado, 23 de agosto de 2008

15. Clarice Lispetctor no CCBB!
A vida acorda espreguiçada dela, nesta hora doce em que a chuva cai. Gente, vocês precisam visitar a exposição sobre Clarice Lispector, na minha humilde opinião, simplesmente a maior escritora de todos os tempos, a exposição segue até 28 de setembro no CCBB e é apenas imperdível. Estive por lá de passagem, por apenas alguns deliciosos minutos e valeu pelo dia inteiro, a literatura desta mulher genial é um soco no estômago da mesmice do mundo, ela consegue com palavras o que um cirurgião não faz com um bisturi. Para quem conhece, sabe do que falo, para quem não conhece, é urgente que se conheça; livros como "A descoberta do mundo", "Perto do coração selvagem" e o inigualável "A Paixão segundo G.H." são algumas das valiosas pérolas dessa mulher sem igual que entre outros, estão todos lá para a preciação e constatação do que digo, numa sala, todos dependurados feito morcegos, prontos para serem lidos, sugados, degustados, ingeridos. Paredes psicodélicas feitas de luzes e frases nos levam por um caminho de sonhos a outras salas do inconsciente da escritora; numa delas um telão enorme, com um sofá e uma máquina de escrever em seu braço (do sofá) e ela lá falando por horas a fio sobre sua época, sobre seus delírios, sobre a vida. numa outra sala, um paredão de gavetas, onde abrimos aleatoriamente algumas e nos deparamos com documentos da artista, fotos, escritos, correpondêcias, etc, e pra fechar mais uma sala com uma barata enorme se mechendo de barriga para cima, num agonizante desespero, mas calma a barata está no vídeo, fazendo alusão a um trecho do livro 'A paixão segundo G.H."...Pelo que percebo não é só opinião minha de que este é o mais alucinante de seus trabalhos. Realmente imperdível !
Estive lá e ainda estou...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

14. Preciso sair daqui, correr ao infinito de antes, esta pedra dura que não racha contra o sol. Preciso pescar, viajar, desoxigenar, preciso me reencontrar, urgente e já e para sempre, respirar antigos ares. Eu bem sei o quanto existe de vida nesta outra dimensão que a gente esquece quando se deixa render por uma vida regrada demais, sofrida demais, suada à bicas, que nos consome feito carvão queimando em torrões, compromissos sem importância para a vida, que é o que de fato interessa, que nos envelhece uma semana a cada dia, Esqueçam tudo, relaxem morimbundos sem ser, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos. Chuta o balde, mermão!se esbaldem, meus filhos, rejuvenesçam contra essa (re)pressão dos prazeres, que não nos deixam ir à praia, que não nos deixa sorrir nem partir, que não nos em paz, coragem meu amor, coragem! Eu mesmo, o quanto preciso dessa coragem, sinto-me um covarde em progresso/retrocesso, um homem em profusão, mas ninguém sabe ou quer saber. Quer saber?! isso não depende de você e o foda-se imbutido, são os espíritos lamentando no que estamos nos transformando, tudo é perigoso, mas também divino e maravilhoso e ainda catarolo a canção que o mundo acha chata, o chato em que ele se transformou, e então, compactuarás com isto?! Logo você que era um guerreiro!
Eu preciso respirar, porque eu já estou pirando com tanta normalidade ao redor, nada muda, todos os dias são iguais e eu mais ainda. preciso ir pescar, ir ao cinema, sem pensar em nada, preciso não precisar pensar em algo, quero ver o mar, quero respirar a bruma, andar a pé pela areia, sem pensar em nada. Quem consegue não pensar em nada?! Somos todos escravos das horas. Ha, ha, ha...esravos! Escravos! Preciso quebrar as algemas que me predem ao escândalo que é ser um covarde, um covarde silencioso e hipócrita que transforma nossas dores em repouso delirante de uma felicidade constante, mas benzinho, não existe felicidade constante. Acorda!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

13. Ontem uma coisa no final da tarde me marcou. Pela manhã estive na casa da minha irmã atrás de uma laranjinha. Não sei porque mas estava com uma tremenda vontade de um suquinho de laranja, ela não tinha, Tudo bem, esquece. O dia passou; à noitezinha ela veio aqui em casa com um saco de laranja me perguntando se eu ainda estava a fim. Não foi lindo?! Me emocionei com a fraternidade dessa pessoa que me acompanha a mais de trinta anos, (para não dedurar a idade); minha mana querida, coração bom e amizade sincera, pessoa de valor, mãe dedicada e amiga solidária, um aesposa exemplar. Comento isto aqui porque sei da importância de gesto como este nos dia de hoje, em que irmãos não se entendem e pais e filhos se estranham. Enfim, um pequeno momento que vale à pena acreditar na boa vontade entre os homens, na magnânima utilidade do pensamento altruísta. Obrigado mana, sua ação foi mais doce que as laranjas, que aliás ainda nem provei, mas tenho certeza estão maravilhosa, pois o que você plantou estará imune ao tempo, forte no pensamento e salvo no coração. As laranjas me dariam vitaminas contra um suposto resfriado, mas você me deu mais que isso, a certeza de que a família é o sustento maior que um homem pode ter neste mundo sujo de germes e homens maus, mais ainda, a prova e a lembrança oportuna de que o Amor é de fato a base de toda e qualquer relação. Naquelas laranjas residem mais que vitaminas, reside a alegria e a força de uma vida inteira!
Com este gesto redescobri: Somos nós quem fazemos o nosso dia!
Logo eu, que tenho andado tão irritado.

domingo, 17 de agosto de 2008

12. VOCÊ TEM O OURO! >>>> Os verdadeiros artistas, mesmo que sem “valor” aparente, exposição na mídia, etc, são pirilampos, focos, flashes de luz e ouro, que nos diz e mostra que há outros caminhos a serem descobertos e seguidos, que a luz existe, muito embora, muito deles, não percebam também o rastro da sua missão e apenas atuem no que inexplicavelmente acreditam simplesmente, eles são como instrumentos do bem à serviço da humanidade, que têm a poesia como essência, por isso não desistem nunca.
Algumas luzes perdem suas forças pelo meio do caminho e até acabam se apagando, por isso entristecem como seres humanos e morrem obesos, gordos e mais rápido que o normal; ficam frustrados, viram flores murchas no centro da sala vazia da vida.
Os verdadeiros artistas são pessoas incomuns e imune à sociedade a que pertencem e vivem, mas que contudo ainda se preocupam com ela e com seus seres tão carentes de luz e sensibilidade.
O sorriso do artista, mesmo que ainda em construção, é diferente, sua visão de mundo é diferente, seu amor é diferente, sua força é frágil, porém, tão poderosa que a transforma em música, que se alimenta de seus próprios esforços e até de seus próprios fracassos, fazendo deles um trampolim para o inusitado mundo seu; e o sucesso é algo tão triunfal quanto trivial, por isso sua alegria é espontânea e verdadeira, autêntica e pueril, e por fim, contagiante, seu carisma é a sua existência e uma praxe da alma.
O verdadeiro artista é o homem feito de sonhos, invencível no seu caminhar, imbatível em sua crença. Ele é a criança que não pensa, ele apenas é. Ele é um portal de boas novas nesta vida tão conturbada e perturbadora, o nirvana da vida humana, a energia sagrada, a sinergia e o estímulo, na propulsão de nossas dores, sofrimentos e desalentos. Ele é a palavra e o mensageiro de Deus no jardim sem primavera, ele é a primavera e o verão. Portanto, quando se depararem com um artista de verdade, por mais insignificante e obscuro que aos seus olhos ele possa parecer, muito respeito para com ele, por favor, pois são entidades sagradas, de luz, no seu caminho.
A sua Arte é muitas vezes incompreendida e indiscriminada, mas isto não é um problema dele!

Reparem como brilham no palco!

Estão dizendo: Basta de sofrimento!
Você tem o ouro!
Você também é luz!
11. Uffa, a semana não foi fácil, mas disso eu já sabia, é que eu estou pregado, com o sono atrasado, a alimentação descontrolada, acho que estou comendo demais. Esta semana começamos uma nova etapa com a minha banda, a Real Sociedade, um difícil recomeço, estávamos a quase meio ano sem tocar, depois de meio ano tocando direto; incrível como tudo cria limo quando se perde a força, e é sempre um sacrifício dobrado se você não tem recursos ou incentivos, mas quem precisa de incentivos, se você quer, você tem que lutar sozinho, fechar os olhos, tapar os ouvidos, cerrar os dentes e ir em frente. Não há como ser de outra forma, infelizmente. Todos os sonhos são sublimes, mas como são difíceis, quase impossíveis, você tropeça e as suas chances são mínimas, você levanta e a força já não é a mesma, você insiste e vira chacota, você persiste, mostra determinação, mas ainda assim não é suficiente, mas você é guerreiro e um tiro só não vai te derrubar, só que já são vários e você já se destroça; observa o teu cansaço, veja os seus sapatos, ouça a sua respiração, o seu fôlego, o seu reflexo, olha no espelho, mas não se deixe levar, olha pra dentro antes e sempre, onde nada disso consegue te atingir ou modificar.
Acho que morrer tentando não é especificamente uma frustração ou um fracasso, antes de tudo é uma vitória de jamais desistir de sua própria vida.
A vítória e a derrota, aos Deuses pertecem. Louvemos a luta!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

10. Ontem dei uma de iluminador no show dos Habitantes, cheguei cedo ao local e fui um dos últimos a sair, faço parte de uma tribo que luta por um lugar ao sol, junto de pessoas sensíveis, comprometida com a vida e que acreditam no belo, no amor real, no surreal; sim, porque nos dias de hoje, quem ainda consegue estar imune a toda essa poluição, é de fato um semi-deus, por isso o amor não morre, eu acho que os artristas têm essa função, essa missão e esse poder; não é raro ouvi-los dizer que não sabem por que insistem tanto em algo que não lhes dão lucro algum, é porque está na alma, é sincero, é honesto, e esta força além de excepicional e magnânima, é também especial, por isso são seres divinos, sensíveis e protegidos do mundo. E foi assim que os vi, ali, recomençando a jornada de toda a vida, acreditando nas palavras e no canto, na música e na poesia, se dedicando ao abstrato, lapidando a essência de cada um e de todos em prol de um mundo melhor, nos incitando a pensar melhor, a viver melhor, buscando, sempre buscando o espiritual, a transcendência e a luz. Eles lá, dando o melhor de si, em uma ínfima aparição no palco, para amigos antigos e para novos amigos, sem distinção, mas fortes e pueris, mágicos na criação e na ingenuidade, lindos como ninguém! Eu por minha vez, tendo o privilégio de acompanhá-los tão de perto e ainda iluminá-los no seu momento mais fecundo e sagrado. Homens de bem, meninos divinos, existia ali uma benção da qual poucos notavam ou se davam conta, pequenos momentos de uma glória passageira e eterna na luta sagrada de pessoas especiais, habitantes do mais fecundo e indescretível instante de prazer e fúria! pois não é fácil, gente, lutar sem armas, amar sem medo, acreditar na essência do ser, quando tudo nos faz crer que tudo é em vão. Por isso, me sinto mesmo um privilegiado de habitar, tão singular e mágicas amizades! Eles ali, quase insignificantes para o mundo, mas tão corajosos que chegão a ser perfeitos! Sem se importar muito com o futuro promissor, mas firmes no seu presente, seguem em frente com graça e louvor, abençoados, os verdadeiros cordeiros de Deus.
Será mesmo que Dylan estava certo, quando disse que ser insignificante é que é ser sagrado!? Fecho com ele!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

9. Segunda feira novamente, parece que a vida é uma inesgotável corrida em círculo, ligo a tv e de repente as grandes notícias de guerra e acontecimentos atrozes em todas as metrópoles, que até ontem movimentavam o pomposo palco da mídia, não são tão mais vistosas assimquanto antes eram, parece que o mundo refreiou o horror que está o planeta. Mais uma guerra se inicia e as chamadas não duram mais que 15 segundos, em outros tempos durariam o dia inteiro com a eminência de uma nova guerra mundial, a Russia poder ser retaliada pelos EUA por conta da invasão a um terceiro país, seria de uma total tensão e ameaça a paz mundial, no entanto, a notícia é sublimada, apenas uma passagem rápida pelos novos acontecimentos, que agora , por pior que sejam, parecem superficiais demais para serem manchetes. Em São Paulo um motorista sem habilitação atropelou uma criança de 12 anos e a matou, com a nova lei de trânsito, isso seria assunto exaustivo, como vinha sendo, mas que nada, não é mais. A televisão agora stá imersa a novos acontecimentos geniais de lucros garantidos, um investimento alto no próprio interesse da emissora que até então parecia de fato preocupada com as notícias que realmente interessavam, mas que nada, digo de novo, agora os flashes são ao inverso, pois a única coisa que importa no momento são quantas medalhas nossos atletas podem trazer para o Brasil! Qual a importância que tem uma nova guerra mediante a atuação fantástica de nossos atletas, numa olimpíada que incoberta atrocidades dentro do seu próprio país?! Alguém se perguntou porque de uma hora para outra, os monges do Tibet não são mais noticiados na tv?! Porque nada pode parar o espetáculo, minha gente! E é assim sempre...reparem na época de Copa do mundo, parece que o mundo fica perfeito, não existem mais, da noite para o dia, os horrores que todo santo dia invadiam nossas casas e nossas mentes através da tv, tudo fica numa paz ensurdecedora, numa tranquilidade ímpar, tudo o que importa são os grandes lances na área adversária, um gol vale muito mais que qualquer realidade e a importância que dão a isto é tão monumental que não há quem não se comova! Então prestem atenção, será que tudo é pra tanto assim?! Eu digo para eles, não para nós, que iremos sofrer de qualquer jeito com tudo; será que as informações que nos vendem, porque não pense que é de graça, (eles não jogam para perder), são de fato verdadeiras, no sentido da manipulação e da importância que eles nos passam?! Portanto, meus nobres, quando eles mudarem a direção a seu bel prazer, pelo menos lembrem-se de que o leme é seu, de que a tua consciência dos fatos e do mundo não se limita a eles, e que temos nossas próprias opiniões e nossas próprias vidas. A vida esportiva de um país é também interessante, mas não tão mais importante quanto o nosso próprio futuro.

domingo, 10 de agosto de 2008

8. ainda bem que gosto de músicas como o jazz, por exemplo...estou ouvindo agora um cd que consegui no sebo por uma quantia irrisória, ando por aí prestando atenção em sebos e eventos gratuitos, podemos sim ainda, ter algum acesso à cultura ou coisas de bom gosto, o problema é que tem muita gente que só avalia as coisas em relação ao luxo e muitas vezes este não é o melhor medidor nem mediador de valor do que é realmente bom, mas enfim, não era disso que pretendia falar, apenas queria dizer que de repente olhei para a sala e vi minha mulher passando suas roupas para o trabalho de amanhã, com uma touca na cabeça, de óculos e um roupão de dormir, a tábua de passar e o ferro à vapor, chiando feito chaleira e mais a música de Stan Getz e o silêncio de uma paz encantadora, me fez correr para o computador para escrever que este momento traduz bem a minha felicidade. Não dizemos "eu te amo" algum, ela não me olhou, nem sorrimos um para o outro, apenas estávamos ali, nós dois e mais ninguém, ela cuidando de seus afazeres e eu curtindo o meu som, sem charutos ou vinhos, sem meia luz ou clima que o valha, apenas ali, eu e ela tranquilos na monotonia de um domingo de chuva, sem mais ninguém por perto, co-existindo na permanência da existência de nós, sem alarde, sem cumplicidade até, mas com uma grande e imensurável descrição dos que amam sem exageros...
7. Domingo, noite chegando, dias dos pais indo embora, frio lá fora, ruas vazias, lençois e cobertores de prontidão, daqui a pouco será segunda e tudo volta de onde parou. Vem chegando as eleições para prefeituras, antes delas já chegam os candidatos de última hora, apertos de mãos evasivos, hipocrisia de toda ordem, e o assustador é que agora são dos dois lados, eles fingem que têm boas intenções e os eleitores, principalmente os de baixa renda, fingem que acreditam, estão claramente interessados no que podem receber só por dizer que irão votar neste ou naquele candidato, que também claramente sabem como tudo funciona, então quem der mais, talvez leve o voto do infeliz como ele. E assim vamos todos progredindo para o outro dia sem perspectiva nenhuma nem esperança deveras, de certo, só o mesmo sofrimento que não cessa nunca, seja por omissão ou pura e eletrizante ignorância ou até mesmo por descaso, ninguém mais acredita nem sofre por isto e asim o mecanismo das coisas nos degluta sem sal ou açucar, tudo na mais banal e insossa banalidade. O futebol ganhou uma poderossíssima aliada que é a mídia e o povão um grande inimigo, nossas tardes de domingo se resume a isto tão somente, aos emocionantes lances do campeonato de futebol e a trama da novela das oitos, mas até aqui nada demais, pois isso já vem de longo tempo, o que mudou foi apenas o domínio total, que antes parcial, da mesmice sobre toda nossa juventude e população, mas como diz o filme, estamos todos bem! É assombroso o modo como lidamos com tudo isto, sabemos que não há nada de novo que possa melhorar a vida do país, já não acreditamos em mais nada, não temos sequer novos ídolos, que antes nos apontava alguma direção, e no entanto, permanecemos feito idiotas, lutando por si só como um cão sem dono correndo atrás do próprio rabo; esta consciência, que deveria surtir um efeito salvador, ao contrário, nos deixam dormentes, fazendo-nos crer que a única saída é cada um cuidar de si, e da pior forma, a egoísta! Veja bem, meu time ganhou o último jogo, eu ganho uma miséria, e sinto alguma espécie de alívio dentro de mim, como se nada tivesse mesmo tanta importância assim, ou bem ou mal eu tenho meu empreguinho, e se eu fosse um pouco mais ambicioso estaria eu, mais uma vez da pior forma, não notando nada a meu redor...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais uma vez perdi o texto, é como se perdesse o trem da pequena estória. Putz de novo! Era um texto que eu reclamava do trânsito, do meu salário, do stress, mas que dava um chute em tudo, quando, no automóvel que dirijo e que não é meu, mas da firma para qual trabalho, conseguia eu me safar um pouco, ouvindo canções de Caetano e The Smiths, mas agora já era! Tudo se perdeu e para escrever de novo eu não consigo, bah!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

5. lá fora faz um sol de rachar, e olha que estamos no inverno; aqui, ventilador de teto, um tédio ventilado de fazer inveja a um bicho preguiça e toda essa pança pós almoço pra descansar, mas aos poucos desconfio que ela, a pança, vem se acomodando, de modo que já começa a incomodar. Já tentei retomar aos treinamentos, exercício físico mesmo, mas nem flexão consigo mais fazer, dá uma preguiiiça, até já fiz um dia ou outro, mas o dia seguinte destrói a sequencia, sou favas contadas, não preciso mais disso (e como preciso!), tenho minha mulher, minha família, outras e tantas outras preocupações, a gente quer logo e tão somente é descansar, eu sei que se cuidar é bom, mas estar de bem consigo mesmo, em paz e sem esforço é melhor ainda, muito embora eu goste(ou gostava) de me exercitar, mas nem futebol eu jogo mais, acordar cedo pra jogar bola é agora contra a minha lei intelecta, prefiro me espreguiçar, coçar a bunda, me esparramar no sofá e assistir a um dos mais de 15 filmes que tenho e que ainda não assisti, fora os outros mais de 200 que tenho na estante já vistos mas que merecem uma revisitada de vez em quando. Sou fanático por cinema e literatura, livros aqui em casa é o que não falta, os clássicos e os nacionais são os de minha predileção, muito embora eu passe a maior parte do meu tempo escrevendo; eu não sou daqueles que lê, lê, lê e não produz, apenas lê, nem muito menos daqueles que só larga o livro quando este termina, não, eu gosto mesmo é de flertar com eles, sentir o seu peso naquele e para aquele dado momento, sem pressa nem saque, sem afobação, se me cansar, pulo para outro, ou então para que tanto livro?! Já cheguei ao cúmulo de estar lendo mais de dez livros de uma vez, não terminei todos, mas um dia quem sabe?! Outra coisa que acontece comigo, eu que tenho a memória de um elefante, é de jamais esquecer o que li, se eu pegar um livro que deixei de ler há meses e começar exatamente de onde parei, eu recordo tin-tin por tin-tin da estória que eu já tinha lido há tempos, isso eu acho legal em mim, por isso fico à vontade com eles que quanto mais os encontro mais eu compro e acumulo, eu sei que um belo dia, distante ou não, eles irão me ser de garnde serventia, nem que seja para emprestá-lo, doá-lo ou seja lá o que for. Um livro nunca é demais! Tem até uma frase da qual eu sou muito fã, que diz "Os livros não mudam o mundo, eu sei; Os livros mudam os homens; Os homens mudam o mundo!" . É isso...se for!
4. meu estômago está queimando, acho que ando comendo muita bobagem. Dia13 tem redenção total, os Habitantes (banda de rock de uns amigos meus e que eu adoro), irão tocar no teatro Ziembinski e me convidaram para dar uma força na produção, já fizemos muitas coisas juntos, eles confiam em mim, mais do que eu mesmo, he, he, he, mas vamos lá, vamos arrebentar, nada como um bom show de rock para lavar a alma, ainda mais a minha ainda grudenta daquela noite fatídica urggg, "prefiro não comentar!". Ontem me encontrei com o Jeff, batera da banda e mais tarde com o Léo, guitarrista, tomamos umas e outras ali no arco-íris, bar, ex-pé sujo da Lapa, ponto de encontro de todos os jovens que resolvem se encontar por lá, para nossa sorte, estava vazio, também pudera, era ainda uma tarde de segunda, não era possível que estivesse mesmo cheio como nos finais de semana, Deus me livre; mas mesmo assim havia pessoas bonitas, meninas descoladas, é aprazível e muito prazeroso estar ali. Conversamos sobre o show e de como nos encontraríamos no dia, já estamos ansiosos por ele. Vai dar tudo certo, espero. Às 8 me mandei, passei numa padaria e comprei um pão doce para a minha doce esposa. Preciso dormir, amanhã acordo as 4 da madruga! fui!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008


Segunda-feia, minha barba por fazer e já estou cá puto, acabei de perder um texto inteiro, essa merda de computador é muito bom para umas coisas, mas terríveis para outras, desta forma assim, ficamos sem o primeiro texto que inauguraria este novo espaço, mas foda-se quem estaria verdadeiramente interessado?!

Eu nunca consigo reescrever um texto, se o perdi, perdi, para nunca mais, parece uma catarse absoluta e única, uma viagem sem igual, nunca mais saberei o que escrevi, já foi, passou, outra dimensão. De toda forma, restam fragmentos, vou tentar colá-los então, recupera-los de alguma forma, mas sei que será inútil, contudo vou me esforçar, mas não por essa hora, estou cansado, escrever tira minhas forças apesar de me engrandecer, é como um pico, que não engrandece ninguém, mas o sujeito fica ali, parado, estático, viajando por outros mundos e depois morre e até ressuscitar, há de haver um tempo. Estou assim, um tempo de recuperação...depois eu volto! Putz, meu texto!
3. Dia cinzento, segunda feia, ostracismo total, olho para a estante e num instante imagino-me numa conversa com Charles (Bukowski), dias difíceis baby, imagino um charuto que trago como ele, não tenho tido muitos amigos para conversas literárias, a vida é um redemoinho que nos engole, meu amigo Casé, um vizinho tranquilo e quase zen é que atura melhor os meus delírios, sou capenga pra essa coisa de adaptar-se a tempos modernos, tanta falta de tato entre os seres, essa ganância que nos destampa da bondade, que estou ficando louco. O cachorro do vizinho late sem parar, as horas se derramam pelo dia, feito erva daninha num processo acelerado, se proliferam, logo, logo, a tarde chega, a noite invadirá taciturna a vida de todos, logo televisão, jantares, sala e cama, no pior sentido, é claro.
Neste sábado me pus ao cumprimento do dever, do bom marido, acompanhei a filhota, na verdade minha enteada, a um show de...arghh, pagode! num clube aqui perto, tínhamos que ir, pois se não fôssemos, e prometemos, eu não, a mãe dela, talvez ela não entrasse por conta de sua pouca idade, pois bem, foi a madrugada mais terrível de minha vida, eu e a mãe dela lá, feito dois avós, de lado, tudo bem que acompanhado de uma cervejinha, mas putz, nem assim, sai daí minha filhinha, ouvimos funk a noite inteira e da pior espécie também para tão somente, às 3 e maia da manhã o grupo de pagode entrar no palco e dar o seu showzinho, notei que a juventude estava lá meio perdidona, queria mais era sarrar, e minha filhinha lá no meio dos tubarões, coisas da idade, fazer o quê? saimos de lá às cinco, acordamos quase a 1 da tarde, aquele ritual, levanta, escova os dentes, liga a televisão e mais mesmice na cabeça das crianças, programas fúteis, com mais música ruim e sem nenhum conteúdo, entretenimento alienado, e ela com suas amiguinhas lá, vendo e comentando aquilo, para mim já é demais, voltei pra cama e resolvi dormir o resto do dia, com sorte ao menos eu talvez não viva outro pesadelo...talvez!

"ACHO QUE SER INSIGNIFICANTE É QUE É SAGRADO!"

Está frase (título/blog) foi retirada do filme "Não estou Lá", uma biografia de Bob Dylan, ou seja, está frase foi dita pelo próprio em suas viagens alucinógena de realidade e loucura que todo artista tem! achei muito pertinente e audaciosa a frase, que acabou me estimulando a criar este novo blog, que será uma espécie de diário. Aqui escreverei como num caderno, coisas do meu dia a dia, portanto, não haverá textos soltos nem títulos diversos, apenas uma constante, como se eu não parasse de escrever nunca! contarei sobre mim, sobre a minha ótica e assuntos do cotidiano, enfim, um diário, onde minhas impressões sobre a realidade ficaram registrada para o desfrute e
apreciação de quem interessar possa. Portanto, boa viagem, ou seja, boa leitura. NEM QUEIROZ em 4/08/2008 ÁS 10:14