sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os dias se passaram, a vida não emperrou, ao contrário, segui firme com minha nova liberdade e com meus sonhos ainda em pedaços, na verdade tentava sobreviver sozinho, sem precisar morrer todo os dias; tinha notícias dela e a via bem, passando por aí. Bom, já foi! Passou! Nos livramos um do outro, sem muitas mágoas, apesar das verdades, ou meias verdades que ainda sangravam naquele e-mail ácido demais para alguma reconsideração. Tentava me concentrar em mim mesmo, voltei a fotografar e reparei que minhas fotos estavam melhores, mais felizes, e me auto entitulei, "o fotógrafo da alegria", todos aqueles personagens das fotos sorriam para mim e me davam a sensação de que o pior havia passado... mas não havia. Ela ainda latejava dentro de mim, não poderia esquecer de um dia para o outro, levava comigo uma saudade especial dela e de seus filhos, uma preocupação com a qual não contava, contudo continuava firme no meu novo projeto de vida, precisava suportar, sobreviver, da melhor forma possível e essa obstinação me foi um elixir para as dores que pensei seriam piores, consegui ser leve à medida do que podia, estava indo bem, apesar de tudo.

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